Se vencer o embalado Atlético neste Brasileirão vem sendo difícil,
fazê-lo na Vila Capanema é algo que ainda não aconteceu. Na noite desta
quarta-feira (4), foi a vez do Santos tentar quebrar a marca caseira e a
sequência invicta de dez jogos, mas o Furacão levou a melhor mais uma
vez e venceu por 2 a 1 – gols de Marcelo e Marco Antônio; Emerson
diminuiu no final. O resultado, além de manter o grande momento
rubro-negro na competição, levou o time paranaense à vice-liderança da
Série A.
Furacão marca logo de cara, recua, mas ainda consegue ampliar placar
A derrota do Grêmio na abertura da rodada ajudou, e o Atlético subiu
ao gramado precisando da vitória sobre o Santos para assumir a
vice-liderança da Série A. Motivado e embalado pelas dez partidas de
invencibilidade, não demorou a mostrar suas armas e abrir o placar. Logo
aos seis minutos, Marcelo foi lançado por Paulo Baier na frente,
driblou Léo e mandou um petardo no alto, sem chances para Aranha, para
balançar as redes.
Após o gol, foi o Peixe que começou a jogar. Com o recuou
rubro-negro, o time do litoral paulista aproveitou para trabalhar a
posse de bola no campo de ataque na busca pelo empate e a manutenção da
sequência de seis jogos sem derrota. O eficiente setor defensivo
atleticano, no entanto, dificultou as chegadas do adversário, que teve
que forçar em bolas alçadas na área e chutes de longe.
Mesmo com uma defesa bem postada, Weverton teve que trabalhar pelo
menos duas vezes, em uma finalização de fora da área e em uma cabeçada,
para manter o 1 a 0 nos minutos de superioridade santista. Enquanto
isso, o Furacão saía em velocidade, característica marcante da equipe. E
quando momento é bom, não adianta, o vento sopra a favor: mesmo não
conseguindo se impor, o Rubro-Negro ampliou a vantagem.
Na marca dos 37 minutos, Luiz Alberto recebeu o cruzamento na área e
tentou marcar duas vezes, mas parou em Aranha; na sobra, Marco Antônio
finalizou forte e mandou para dentro da meta. O gol deu tranquilidade e
fez o domínio do jogo voltar aos pés do Atlético. O time da Baixada
parou de sofrer pressão e passou a tocar a bola, administrando o placar
até o intervalo chegar.
Atlético administra vantagem, mas sofre gol e tem que segurar pressão para garantir vitória
Se no primeiro tempo o domínio do jogo variou entre as equipes
dependendo do momento, o segundo iniciou equilibrado. Em comum, a
vontade de atacar, que tornou a partida bastante movimentada. O Atlético
seguiu jogando em velocidade e criou a melhor chance com Ederson, em um
chute forte defendido por Aranha. O Santos respondeu com uma cabeçada
perigosa de Thiago Ribeiro.
Com a obrigação de ir em busca do resultado, o Peixe pouco a pouco
foi crescendo e aumentando a posse de bola. Não demorou para o panorama
do jogo ficar igual à primeira etapa: com o time paulista tentando
pressionar, mas não conseguindo criar chances claras de gol. Satisfeito
com o placar, o Furacão deu espaço para os alvinegros jogarem, se
defendia bem e saía nos erros do adversário.
Por volta dos 30 minutos, o Atlético deu uma mudada e resolveu se
postar mais à frente. Quase sempre pelo lado direito, chegou com algum
perigo ao ataque algumas vezes, com em um chute de Paulo Baier da
entrada da área. Mas o Santos voltou a encurralar os rubro-negros no
campo de defesa. Apenas alçando bolas na área, porém, facilitaram o
trabalho da defesa atleticana e pouco acionaram Weverton.
Os santistas pouco criaram até os minutos finais. Primeiro, Thiago
Ribeiro cabeceou na trave e deixou o clima tenso na Vila. Aos 41, os
visitantes foram para as redes: Emerson recebeu na área e chutou
cruzado, vencendo Weverton. A partir daí, o Peixe foi só pressão e
apenas não chegou ao empate porque o goleiro rubro-negro conseguiu parar
as últimas oportunidades criadas, mantendo o 2 a 1 no placar.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 2 X 1 SANTOS
Local: Estádio Durival Britto e Silva, em Curitiba (PR).
Data: 4 de setembro de 2013, quarta-feira.
Horário: 19h30.
Atlético: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e
Willian Rocha (Deivid); João Paulo, Zezinho, Marco Antônio (Felipe) e
Paulo Baier; Marcelo (Dellatorre) e Ederson.
Técnico: Vagner Mancini.
Santos: Aranha; Cicinho, Edu Dracena, Durval e Léo
(Emerson); Alison, Alan Santos (Pedro Castro), Leandrinho (Giva) e
Cícero; Everton Costa e Thiago Ribeiro.
Técnico: Claudinei Oliveira.
Público pagante: 12.595 pessoas.
Público total: 13.700 pessoas.
Renda: R$ 191.170,00.
Cartões amarelos: Marcelo, Felipe (CAP). Thiago Ribeiro (SAN).
Gols: Marcelo (CAP), aos seis minutos, e Marco
Antônio (CAP), aos 37 minutos do primeiro tempo. Emerson (SAN), aos 42
minutos do segundo tempo.