sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Alerta gigante. Por Diogo Rodrigues Manassés

Os sustos contra o Santos e principalmente contra o Náutico podem (e devem) ser encarados de forma didática. Foram 6 pontos, duas vitórias seguidas. No entanto, vitórias com um futebol de nível inferior àquele apresentado contra Botafogo e Palmeiras. Pior, vitórias nas quais o time passou pelo risco concreto de ceder empate, que felizmente não se consumou.
O argumento de que o campeonato é longo e que relaxar pode ser normal não serve. Time que quer um bom desfecho não pode se dar ao luxo de arranjar desculpas. E aí reside um outro problema: a torcida vai na onda da empolgação precoce e, ainda pior, pensa pequeno. Acha que 2x0 em casa contra time que está bem atrás é goleada e, de forma burra, grita “olé” precipitadamente. O resultado quase custou 2 pontos. Acha que fazer 46 pontos é suficiente. De fato, esse era o objetivo inicial. Mas já sabemos que é possível pensar grande. Não importa se o jogo é um Curitiba. Não importa o adversário. Vencer, seja ele qual for e onde for.
O time do Mancini não é de primor técnico, não irá massacrar os adversários de maior qualidade. Talvez nem termine no G4 (embora hoje mire a liderança). Tanto faz. Tem suas virtudes, é inegável. Enfim, as duas últimas partidas expuseram dois fatos de muita relevância. O primeiro fato é que esnobar adversários e pensar que o jogo será ou está sendo fácil pode (felizmente ainda não deu) dar um fim trágico às partidas. Seriedade sempre, sem arrogância. E o segundo fato é que fixar o objetivo na somatória de pontos tem sido fundamental. E é por isso que nós torcedores não devemos gritar “olé”, mas sim “queremos mais”.

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