sexta-feira, 13 de abril de 2012

Furacão Carrasco. Por Diogo Rodrigues Manassés

Juan Ramon Carrasco Torres, atual técnico do Atlético, não é unanimidade. Melhor que seja assim, primeiro porque unanimidades não costumam ser confiáveis, segundo porque é sempre bom ter uma voz discordante, terceiro porque críticas (sensatas) são sempre pertinentes

Criticável em algumas decisões, fato é que o trabalho de JR, ao menos até aqui, é elogiável. Os números são ótimos: muitos gols marcados, muitas finalizações, muitas chances de gols, muitas vitórias, poucas derrotas e poucos gols sofridos. Dizer que é um técnico ruim é querer que tenhamos Guardiola no comando. O mercado de técnicos é escasso em qualidade, os técnicos são caros e há pouca diferença entre eles. Francamente, supondo que Carrasco saísse (torcida de alguns pseudo-atleticanos), não vejo opção melhor (ao menos não racionalmente, ou seja, um técnico tão bom quanto JR e financeiramente viável).

É evidente que não é possível concordar com Manoel como atacante. Que Foguinho na zaga é discutível. Que Paulo Baier renderia mais como meia. Que Marcinho não serve para ser titular (mas quem deve entrar?). Mas também é evidente que, apesar de alguns erros e de algumas discordâncias, algumas delas consenso geral, JR deu ao Furacão padrão tático (inegável); um sistema de jogo, que não se adapta ao adversário, pois é “universal”; e orgulho. Sim, afinal, a queda para a segunda divisão inevitavelmente fere o sentimento de qualquer torcedor. Mas o time dá orgulho de ver jogar, pois, ao contrário de outros times, que precisam da arbitragem, o Furacão (de) Carrasco vence e convence – e, às vezes, atropela. Dá gosto de ver. Só não joga melhor porque o elenco ainda carece de reforços.

Em tempo: Guerrón é um bom exemplo de que vale a pena pagar bem por um bom (mas não ótimo) jogador.

Em tempo 2: Zezinho é um bom exemplo de que vale a pena investir em jovens bons jogadores, que apenas não tiveram boa orientação quando ainda imaturos. Ele ainda pode dar alegrias. Ele, e, principalmente, JR Carrasco. Confiem e “deixem o homem trabalhar”. SRN.


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