sexta-feira, 8 de julho de 2011

O discurso do líder. Por Diogo Rodrigues Manassés

A derrota contra o Inter foi normal. Qualquer time que enfrente o time de melhor ataque está suscetível a perder, talvez de goleada. O lanterna perdeu de apenas 1x0. Houve uma melhora defensiva. Houve vontade. E vai melhorar.
Contra o Avaí o Campeonato começa para o Furacão. Qualquer resultado que não seja a vitória é altamente preocupante. Acredito que o time pode melhorar muito. Contra o Inter, defensivamente foi bem. Ora, se vamos jogar contra um dos piores times da competição, em casa, com a estreia da maior contratação da história do futebol paranaense e na estreia de um técnico, a vitória, além de possível, é exigível.
Nos livramos de um pseudo-técnico e finalmente temos Renato Gaúcho (Portaluppi), esse sim técnico de primeira linha (com salário condizente). AB me lembrava o Dunga: ex-jogador, retranqueiro, adorador de volantes, carrancudo, brabo, raivoso, não assume os erros e... perdedor. Além de arrogante. Sim, Renato também é arrogante. Mas é bom (não o melhor do mundo, mas o melhor neste ano). Faz times ofensivos – já é um avanço!
A grande novidade que Renato traz é saber falar a linguagem dos jogadores. Pezão falava grego. Vai trazer um futebol eficaz, bonito (futebol ofensivo é mais bonito), juntando os jogadores em torno de uma causa. Serão amigos, um grupo, um time! Um time LIDERADO por Renato Portaluppi. Não um chefe, não um carrasco, não um inimigo. Um líder.
Líder com discurso afinadíssimo. Discurso marcado por seriedade e otimismo (conforme destacou Fernando Freire na matéria da Globoesporte.com). E é isso mesmo. Não é momento para brincadeira, mas o mundo (ainda) não acabou. Vai melhorar. Pede calma e apoio pela torcida, esquecendo o lamentável passado recente. E tem razão.
Muito feliz foi meu amigo Luan na seguinte fala: “trouxeram o treinador certo para o momento certo”. Ponto para o Ibiapina.
Perguntei rapidamente a alguns twitteiros (agradeço aos amigos Thiago, Bernardo, Marcelo, Julio, Luan, Vinicius e Luana pela participação). O sentimento atleticano é basicamente uníssono com o discurso do líder. Renato vai nos tirar da ZR. O ano vai melhorar muito, é só esperar (e apoiar!). Tenho muita fé no trabalho de Portaluppi.
Em tempo: Carpegiani saiu do São Paulo. Agora os bambis começam a sondar técnicos. Ironicamente, Adilson Batista, hoje sem time, não é sequer cogitado. Qual seria o motivo?

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