sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cumprimento. Por Diogo Rodrigues Manassés


Cumprirei minha promessa: o Furacão subiu, tenho de reconhecer a competência de Ricardo Drubscky no comando técnico. Antes, porém, algumas ressalvas.
Drubscky teve a capacidade de unir o grupo em torno de um mesmo objetivo (apesar de que, pelo que ouvi, o grupo se reuniu para focar no acesso, logo após a saída de Jorginho, ou seja, mesmo sem Drubscky), tornou-se amigo dos boleiros (o que definitivamente não é fácil), conseguiu montar um time titular já conhecido, sem improvisações (a meu ver, sua maior qualidade) e com um estilo de jogo predefinido. Ele teve virtudes, há que se reconhecer.
Por outro lado, errou demais. Mostrou em todos os jogos que não sabe fazer substituições, não sabe agir sob pressão, e quase sempre erra nas alterações. Também não sabe mexer as peças, nunca tem uma carta na manga (que não seja a qualidade técnica diferenciada de um jogador no banco, normalmente Paulo Baier, salvador do técnico em várias oportunidades). Ainda, o time quase sempre voltava pior para o segundo tempo, o que mostra sua absoluta incapacidade motivacional no intervalo. Pior, praticamente em todas as partidas o resultado saiu na base do sufoco, não tivemos quase nenhum jogo tranquilo, mesmo contra adversários desqualificados. Se o problema era o time, escancara para a diretoria que, sem reforços, estamos fadados a lutar para não cair. Se o problema é o técnico, inequívoco o erro ao renovar com Drubscky.
Matematicamente, Drubscky fez um trabalho incontestável. E conseguiu finalizar o ano atingindo o objetivo. Maravilha! Mas não serve para a série A. Sinceramente, acho impossível o time ir longe sob sua orientação – isso sem falar no elenco fraquíssimo, carecendo de jogadores de melhor cacife que os especulados. Se forem contratados os jogadores especulados (jovens equatorianos desconhecidos, Nei, Nikão, Bolívar) e com esse técnico, não consigo enxergar um 2013 que não seja com muito sofrimento. No início de 2012, resolveram aproveitar os jogadores rebaixados. Foi necessário qualificar. Para 2013, aparentemente vão aproveitar os jogadores que subiram na série B com muito esforço (quero dizer, sem tranquilidade). É a crônica de um fracasso anunciado. Mas ainda há tempo para perceberem que Drubscky e esse elenco não servem para a série A – exceto Manoel, Cleberson, Deivid e João Paulo, titulares em qualquer time brasileiro.
Comemorar? Sim, nós torcedores temos muito o que comemorar o sofrido acesso. A diretoria não, porque tem de trabalhar para reforçar o time. Aguardemos por reforços. SRN.

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