sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Sorte. Por Diogo Rodrigues Manassés

Gal Costa é, sem sombra de dúvidas, uma das maiores cantoras brasileiras dos últimos tempos – por sinal, esteve em Curitiba fazendo seu show recentemente. Uma de suas músicas que mais me agrada se chama “Sorte”, cantada pelo também brilhante Caetano Veloso. Diz um trecho da bela canção: “Tudo de bom que você me fizer / Faz minha rima ficar mais rara / O que você faz me ajuda a cantar / Põe um sorriso na minha cara” (...).

Do meu ponto de vista, é sorte a sequência de Drubscky no CAP. Isso porque quando o time vê Drubscky, sai do tom, e muitas vezes (ao contrário de Gal em “Sorte”). Mas vence – ou empata, mesmo quando podia vencer. Pode soar um exagero afirmar que um técnico invicto sete partidas tem sorte.Contudo, não estou só: vejam, por exemplo, o comentarista José Ilan, que só acompanha o futebol carioca, afirmando sempre que Abel Braga – tido por muitos como um dos melhores técnicos brasileiros – é o técnico mais sortudo do país, tem o desempenho que tem com base na... sorte! Ilan afirma que Abel tem sorte. E eu afirmo que Drubscky tem sorte (confesso que a comparação soa absurda, o que, talvez, reafirme o argumento). Se o time, em dezembro, subir com ele, retifico meu posicionamento e admito sua competência até agora contestada – é uma promessa.

Drubscky tem sorte porque normalmente erra nas substituições, já errou algumas vezes na escalação inicial (Elias no banco é inadmissível), não aparenta ser o técnico que cobra melhora no vestiário, dentre outros fatores criticáveis. Mas está invicto há 7 partidas. O time joga mal e vence com placar mínimo (ou empata). Em todos os jogos, mesmo contra adversários altamente desqualificados, mesmo quando o Furacão é favorito, o time sofre. Tecnicamente, é um dos melhores da série B, não devia sofrer tanto, não sempre. Se Drubscky não vai mal nos números, o que vemos em campo não é tudo que os jogadores têm a oferecer. O time pode mais.

A sorte pode perdurar, mas não para sempre.

Em tempo: Marcelo Oliveira foi demitido daquele time, iniciam-se os rumores sobre a possibilidade da sua contratação pelo CAP. A torcida se divide. Melhor que Drubscky ele certamente é, afinal, ao contrário do que temos, Oliveira já é técnico de futebol. Mas tenho dúvidas se haveria clima no rubro-negro e, principalmente, se daria certo. SRN

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