sexta-feira, 3 de junho de 2011

Depende do Adilson. Por Diogo Rodrigues Manassés

A situação pode piorar. Com pouco esforço, pode melhorar. Com muito trabalho, pode melhorar muito. Enorme parcela da responsabilidade cabe ao técnico.

Ainda não milito contra o Pezão (ao contrário do que fiz com Sérgio Soares ao escrever em uma coluna “Fora SS”), por dois motivos: não há outro profissional no mercado e ainda estou nutrindo esperanças que ele possa melhorar. Por enquanto, está muito mal, por teimosia idiota própria.

4-3-1(2)-2(1) pode ser um bom esquema, mas não com esse time. Para mim, técnico que só sabe montar time em um esquema é limitado. Que AB ultrapasse essa barreira estúpida – tendo em vista que esse time não é qualificado na frente para ter apenas 3 jogadores –, caso contrário, a situação dificilmente vai melhorar. O 4-2-2-2 nesse elenco já seria bom. Sem invenções. Apenas um lateral-esquerdo. Os melhores (dois!) atacantes à disposição como titulares. Dois meias – um deles, Branquinho. “Apenas” dois volantes (aliás, ao dizer que dois volantes contra Neymar e Luis Fabiano seria pouco, Pezão se mostrou covarde e desprezou o elenco que tem em mãos, uma espécie de assinatura de atestado de inferioridade...). Simples, mas certamente eficaz. Branquinho e Nieto são titulares facilmente nesse time.

Outra: que Adilson perca a covardia. Técnicos ousados são raros, mas, imaginemos que o Furacão chegue a uma final de Sul-Americana. Encher o campo de volantes para tentar perder de pouco não vai resolver. Esse método covarde não condiz com as competições que o CAP disputará. Caso contrário, além de afundar o Atlético, Pezão muito em breve estará treinando times de série B.

E a situação é fácil de se resolver – por sinal, torço para que AB encontre o caminho certo. Basta não insistir nas burrices que comete a cada jogo. Não precisa ser ousado para usar dois meias e dois atacantes. Precisa ter cérebro. Contra o Palmeiras já existe a possibilidade. Qual será a opção do técnico?


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