sexta-feira, 29 de abril de 2011

(In)Gratidão. Por Diogo Rodrigues Manassés

Paranaense acabou, em breve um jogo contra o Vasco na Copa do Brasil. É um dos poucos times que sobraram que temos condições de vencer da maneira que o time está hoje. Não pensem que esta competição está fácil.
O tema da coluna desta semana é outro. Depois do ATLEtiba, li muitos comentários de torcedores criticando o capitão do time, Paulo Baier. Achei pertinente uma manifestação agora, em “início de temporada” (afinal, para o Furacão, a temporada não inicia em janeiro).
Alguns afirmam que ele não vem jogando bem. Até concordo. Ainda assim, é inegável que a vasta maioria das fontes dos nossos gols saem dos seus pés – normalmente por bola parada. Concordo que ficamos reféns da bola parada (e também considero isso negativo), contudo, é a única arma que temos, ao menos efetiva. A bola parada não funciona sempre (infelizmente no clássico não funcionou, aparentemente alguns preferiam que não tivesse funcionado contra o Bahia e não passássemos de fase...), mas, quando funciona, é incomparável. É a arma mais letal. O jogador mais importante.
Li um texto em que o autor considera o Maestro um fardo (invejado por muitos, ironicamente). Opinião absurda. Não é à toa que ele é o artilheiro da temporada. Outros, acham que ele é reserva. Não concordo. Sua importância no time é para os 90 minutos, caso contrário, nem precisa ficar. Batedor de faltas para meio tempo ou capitão de meio tempo não existe. Quanto ao desempenho propriamente dito (produção nas partidas), Baier tem variado de produção. Mas inegavelmente é excelente jogador. É o único meia de criação (diferente de meia-atacante) do elenco hoje.
Críticas devem ser feitas (eu mesmo as faço), ainda assim, algumas devem ser utilizadas com parcimônia. Se não por respeito aos gols que ele fez neste ano, por gratidão por todos os outros nos brasileirões que participou e pelas assistências que deu. Sem contar o rebaixamento que Baier não permitiu, em 2009. Torcedor exigente, sim, ingrato, não.

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