sexta-feira, 31 de maio de 2013

Pontos morais Por Diogo Rodrigues Manassés

Moralmente, o Furacão adquiriu 6 pontos nos dois primeiros jogos do Campeonato Brasileiro. Afinal, apresentou bom futebol, apesar de algumas falhas defensivas, tão bom que foi superior aos dois adversários. Tão superior, mas tão superior, que, ao menos moralmente, venceu. No primeiro jogo, a culpa pelos 3 pontos perdidos na prática foi do azar. Sim, o time foi muito superior, imensamente superior, mas lhe faltou sorte. No segundo jogo, a culpa dos 2 pontos perdidos na prática foi do gramado ruim (graças à chuva) ou do árbitro. Mas nunca do time. Nem do técnico. Nem da diretoria. Moralmente, o time venceu, o técnico agiu certo e a diretoria não errou em nada.
            Por mais que pareça absurdo, sim, esse é o discurso oficial. Já questionei um torcedor que apoia incondicionalmente a diretoria se ele prefere vencer ou jogar bem. A resposta, evidentemente, foi evasiva, afirmando apenas que os insatisfeitos sempre reclamarão, jogando bem ou vencendo. Então jogar bem e vencer é uma utopia? É lógico que nenhum time vence sempre, tampouco joga bem sempre, mas esse é o ideal. E não, não é possível ficar satisfeito ao ver apenas bom futebol, sem resultado, ou resultado, sem bom futebol. A torcida quer mais. Afinal, não foi para isso que houve a pré-temporada longa?
            Mais fácil é tapar o sol com a peneira e arranjar desculpas para o fato que a zaga tem falhado além do que é admissível, que Drubscky é covarde para substituir e que o ataque só faz os adversários darem risadas. Mas, moralmente, seguimos no campeonato fazendo bonito. Até o técnico adversário reconheceu (ironicamente, torcedores do adversário reclamam dele e o querem fora do time... pura coincidência!).
            Mais cedo ou mais tarde, teremos uma vitória. Que vai esconder a verdade. Sem contratações, em uma análise otimista, o risco de Z-4 existe e não é pequeno. SRN.





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