Moralmente, o Furacão adquiriu 6 pontos
nos dois primeiros jogos do Campeonato Brasileiro. Afinal, apresentou bom
futebol, apesar de algumas falhas defensivas, tão bom que foi superior aos dois
adversários. Tão superior, mas tão superior, que, ao menos moralmente, venceu.
No primeiro jogo, a culpa pelos 3 pontos perdidos na prática foi do azar. Sim,
o time foi muito superior, imensamente superior, mas lhe faltou sorte. No
segundo jogo, a culpa dos 2 pontos perdidos na prática foi do gramado ruim
(graças à chuva) ou do árbitro. Mas nunca do time. Nem do técnico. Nem da
diretoria. Moralmente, o time venceu, o técnico agiu certo e a diretoria não
errou em nada.
Por
mais que pareça absurdo, sim, esse é o discurso oficial. Já questionei um
torcedor que apoia incondicionalmente a diretoria se ele prefere vencer ou
jogar bem. A resposta, evidentemente, foi evasiva, afirmando apenas que os
insatisfeitos sempre reclamarão, jogando bem ou vencendo. Então jogar bem e vencer
é uma utopia? É lógico que nenhum time vence sempre, tampouco joga bem sempre,
mas esse é o ideal. E não, não é possível ficar satisfeito ao ver apenas bom
futebol, sem resultado, ou resultado, sem bom futebol. A torcida quer mais.
Afinal, não foi para isso que houve a pré-temporada longa?
Mais
fácil é tapar o sol com a peneira e arranjar desculpas para o fato que a zaga
tem falhado além do que é admissível, que Drubscky é covarde para substituir e
que o ataque só faz os adversários darem risadas. Mas, moralmente, seguimos no
campeonato fazendo bonito. Até o técnico adversário reconheceu (ironicamente,
torcedores do adversário reclamam dele e o querem fora do time... pura
coincidência!).
Mais
cedo ou mais tarde, teremos uma vitória. Que vai esconder a verdade. Sem
contratações, em uma análise otimista, o risco de Z-4 existe e não é pequeno.
SRN.
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