sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Oito ou oitenta. Por Diogo Rodrigues Manassés

No time sub-23 (se preferir, na Coreia do Norte sub-23) o que se vê é um time apático, sem liderança, com escassa qualidade que é ofuscada por um esquema inexistente e um comandante imperito. Já no time profissional (ok, apenas dois jogos, mas vamos seguir a lógica) há um elenco ainda carente, mas com vontade, com um mínimo senso tático e com competitividade.
É evidente que qualquer torcedor quer torcer para um time campeão. Mas o campeão é apenas um. Ser campeão não é algo diretamente exigível. O que se exige é a ambição de ser campeão, a vontade de vencer e a competitividade. Três características ausentes na Coreia do Norte sub-23 (dentre outras).
Não, o time profissional não é uma máquina futebolística vencedora. Tampouco o sub-23 seria uma equipe sem nenhuma qualidade. O que não queremos é um rebaixamento no estadual, o que, a considerar pelo que vemos em campo, não é impossível. Disputar a Marbella Cup pode ter sido bom negócio, mas ignorar tanto o Paranaense não soa adequado. Menos ainda se considerarmos o risco que citei. Ou seja: será positivo se colocarem o time profissional no segundo turno do Paranaense. Torcedor até aguenta time ruim, mas não um time ruim e sem nenhuma gana de vitória. Os protestos foram corretos. Perder (já falei antes, empatar com um time de interior significa uma derrota para um clube com a tradição do Clube Atlético Paranaense) até faz parte do futebol, mas sempre com dignidade. Não é o que está acontecendo.
Que os comandados de Drubscky vençam a Marbella Cup e voltem para salvar o Clube de uma tragédia local.

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