sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bajulação. Por Diogo Rodrigues Manassés

Muitos alegam que Drubscky tem a confiança dos jogadores. Difícil saber se é verdade, a não ser estando próximo. Supondo que seja verdade, em nada surpreende. Além disso, tal fato não garante sucesso.

Jorginho, em seu primeiro jogo, chama o time de fedido. Incontáveis vezes reclama das carências da equipe, escancarando que os jogadores que lá estavam (e muitos ainda estão, na reserva) eram tecnicamente deficientes – o que é verdade. Depois, prevê uma semana de concentração total. Convenhamos, desta forma, conquistar os jogadores é bastante difícil. Drubscky é o oposto: pensa em poupá-los, tem um jeito pacato, não reclama nunca dos atletas, ao revés, os defende e elogia, cobra muito menos e não exerce tanta autoridade. É praticamente um amigo que os bajula. Quem não gostaria de tal sujeito como “chefe”?

Sim, é possível que Drubscky seja da confiança dos jogadores. Mas, não se enganem: isso não o torna um técnico competente. Pelo contrário, cada vez mais demonstra que não sabe alterar o time quando necessário – exemplo claro foi o péssimo empate contra o Joinville. Enquanto vence (mesmo que sempre no aperto), tudo está ótimo. Contudo, chegará a hora da derrota. Não vejo o Furacão retornando à série A no seu comando. Drubscky vence sem convencer. Não há regularidade. Não há confiança. Não vejo futuro com o escritor.

Não, não estou defendendo, ainda, a demissão de Drubscky. Estou apenas alertando que, na lógica, a sorte que ele tem tido não durará muito tempo. Ou seja, os otimistas que recoloquem os pés no chão, pois, com esse “técnico” – espero estar equivocado –, as chances de figurar no G-4 na rodada de número 39 são pequenas. Que a sorte e o carisma de Drubscky não iluda a massa atleticana. O time tem mais futebol do que o exibido.

Contra o Ipatinga, a vitória é obrigatória. Qualquer outro resultado acende o sinal amarelo: a sorte está acabando. Torçamos para que só acabe em dezembro. SRN.



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