sexta-feira, 23 de março de 2012

Há males que vêm para bem. Por Diogo Rodrigues Manassés

O primeiro desses males foi o desempenho ruim do time contra equipes mais organizadas taticamente e melhores tecnicamente. Ainda temos uma temporada inteira pela frente, é possível montar um bom elenco. A diretoria está certa ao insistir que a cautela é necessária nas contratações – de nada adianta inflar o plantel, se poucos acrescentam. Mas erra ao demorar excessivamente para apresentar novidades. Estamos quase em abril.

O segundo, que pessoalmente confesso festejar, é a contusão do goleiro Rodolfo. Venho insistindo que se trata de um arqueiro fraco, apesar da teimosia de alguns torcedores. Ele peca em três fundamentos. O primeiro e mais assustador é a bola aérea: a bola pode passear no alto, que ele, se tenta pegar, erra – o jogo contra o Roma escancarou o defeito de fabricação, finalmente. O segundo é o fato de Rodolfo não saber espalmar a bola para as laterais, mandando-a sempre para frente – para a nossa sorte, enfrentamos ataques fajutos, por enquanto. Por fim, o goleiro precisa aprender a bater tiro de meta, pois não raras vezes perdemos bolas que deveriam ser nossas. Isso tudo sem contar outras falhas, como (quase) nunca fazer uma defesa em um só tempo e sempre socar a bola, mesmo em lances fáceis, (quase) nunca tentando segurá-la (aliás, esse quesito ele deve ter aprendido com Galatto). Não conheço pessoalmente Rodolfo, deve ser um jogador esforçado e dedicado, mas, para o Atlético utópico que eu desejo, ele não serve sequer para reserva, pois é fraco. Até pode melhorar, mas fato é que ainda não melhorou, então ainda não serve.

Em tempo: o desempenho ruim no segundo turno não apaga o bom desempenho no primeiro. Tanto do time quanto do técnico.


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