sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tragicômico. Por Diogo Rodrigues Manassés

Para descrever o CAP de 2011, uma palavra basta: tragicômico. Ao torcedor, mais trágico do que cômico, é verdade.

Trágico, porque cada vez mais se afunda em um buraco que parece sem válvula de escape. Cômico, porque quanto mais busca uma saída, mais erra.

Trágico, porque quanto maior a expectativa de melhora, maior é a frustração. Cômico, porque quanto maior a desconfiança, maior a surpresa.

Trágico, porque foi operado na partida contra o Palmeiras. Cômico, porque vai ser ainda mais prejudicado do que já foi, pelo STJD.

Trágico, porque lutamos para não cair. Cômico, porque ouvimos um discurso de campeão (alguém acreditou?).

Trágico, porque fomos abandonados pelo primeiro grande técnico deste ano. Cômico, porque o único outro grande técnico disponível quis extorquir o clube.

Trágico, porque alguns jogadores não têm a mínima condição de vestir a camisa que só se veste por amor. Cômico, porque a diretoria (principalmente, é lógico, o Presidente) nem liga para o pífio desempenho.

Trágico, porque nos foi prometido mais um afastamento de jogadores e concentração total. Cômico, porque nada aconteceu.

Trágico, porque gastamos em um jogador que nos deu de retorno apenas dois gols. Cômico, porque agora ninguém mais aposta nele.

Trágico, porque o ano está sendo péssimo. Cômico, porque pode terminar com grand finale (a depender do ponto de vista).

Tragicômico, porque quanto mais os patetas tentam acertar, quanto mais se esforçam, quanto mais agem corretamente... mais acabam errando. Nem Shakespeare escreveria uma tragicomédia tão bem delineada. Tanto faz, que o fim não nos seja trágico. SRN.


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