sexta-feira, 1 de abril de 2011

O tempo para. Por Diogo Rodrigues Manassés

Para Cazuza, “O tempo não para”. Para o Furacão, o tempo parou. Estamos em 2011, mas a situação atual é idêntica à de vários anos anteriores – excepcione-se o fim de 2010, pois o resultado não estava no planejamento, foi muito melhor que o esperado. Em 1995, iniciamos um projeto de engrandecimento. O projeto foi muito bem sucedido, colocando o Atlético entre os maiores do país, com destaque inclusive internacional. Títulos, estrutura, estádio, grandes jogadores, patrimônio, mídia. Até um momento que o tempo parou e vivemos somente desse passado recente. Restou a herança.
É bem verdade que a atual gestão continua sua atividade no sentido de não avançar. Por outro lado, Malucelli não é o único dirigente recente que não fez o clube progredir. Não é culpado, não sozinho. Não o primeiro. Último?
Eu ainda não consigo ver o futuro repetir o passado. Não enxergo (inclusive do ponto de vista político) alguém que tenha ambição e competência (!) suficiente para alavancar mais uma vez o CAP. Pode aparecer, ainda não apareceu. Para os outros clubes, o tempo vai passando; para nós, ele parou. O museu do Furacão ainda não tem grandes novidades. Quando voltará a ter?
E o torcedor continua sobrevivendo, mas não sem um arranhão. Dói ver o clube (mais que o time) assim.
Mas chega de bater na mesma tecla. Nem tudo está perdido. Temos três competições pela frente, ainda há tempo de fazer o tempo “correr”. Se agora há dinheiro para contratações, que sejam de qualidade. É possível. SRN

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