quinta-feira, 24 de março de 2011

Desempenho dos jogadores. Por Diogo Rodrigues Manassés

O Furacão, em mais uma partida ruim, venceu o Roma de Apucarana pelo placar de 3x2 fora de casa, gols de Guerrón e Paulo Baier (um de pênalti e um de falta).

• Renan Rocha: Fez boas defesas quando acionado (nenhuma com grande dificuldade) e não teve culpa nos gols. NOTA: 6,0.
• Manoel: No desempenho geral, foi médio. Contudo, foi responsável pelo cabeceio que gerou o segundo gol do adversário, não alcançando a bola, deixando-a para o adversário. NOTA: 4,5.
• Daltôn: Estreou mal. Não apresentou as características de um líbero (não soube, além de defender, sair para o jogo, quase como cabeça-de-área), ao contrário, quando a bola chegava aos seus pés, o jogador sempre era afobado. A bola queimava com Daltôn. Além disso, ficou “pregado” em frente ao goleiro. Espero que esse não seja o seu futebol. NOTA: 2,0.
• Flávio: Extremamente faltoso e irresponsável ao ser expulso. Por pouco não custou o resultado. NOTA: 0,0.
• Wagner Diniz: Não soube jogar bem como ala. Ainda assim, foi graças a uma de suas “descidas” que saiu o primeiro gol. Precisa de sequência de jogos para crescer de produção. NOTA: 5,0.
• Paulinho: Foi o mais regular da partida e o “menos ruim”. Ainda não sabe jogar como ala, mas não foi mal. Já consegue cruzar e chegar à linha de fundo. Por fim, foi um dos poucos jogadores com a inteligência de manter a posse de bola no ataque nos minutos finais. NOTA: 6,0.
• Robston: Inútil em campo. Não sabia se criava ou se marcava; quando criava, não era com qualidade, quando marcava, era com falta. NOTA: 2,0.
• Madson: Não teve bom desempenho, atuou muitas vezes centralizado por conta própria (apesar dos pedidos do técnico Geninho para o meia jogar pelos lados). Ainda assim, foi importante pela garra (sempre corre) e por ter sido protagonista do polêmico lance que originou o pênalti marcado pela arbitragem. NOTA: 5,0.
• Paulo Baier: O artilheiro isolado do Campeonato Paranaense (10 gols) não atuou bem. Errou passes, marcava muito mal e, mais uma vez, não apresentou seu bom futebol. Contudo, o futebol pode surpreender. Apesar de jogar mal, mais uma vez foi decisivo. O Maestro, mesmo quando joga mal, é capaz de decidir o jogo a favor do time pelo qual joga. Marcou os dois gols (um pênalti bem batido e uma falta espetacular) que garantiram a vitória do Furacão. Em resumo, não foi bem, mas, pela sua importância na partida, recebe nota alta. NOTA: 7,5.
• Guerrón: Fez um belíssimo gol (que exigiu qualidade) e era importante por “empurrar” o time ao ataque. Não fez sua melhor partida, mas não foi mal. NOTA: 7,0.
• Nieto: Deu uma boa cabeçada e ganhava dos atacantes adversários quando auxiliava a nossa defesa nas bolas paradas (era o único que ganhava as bolas altas nos ataques do adversário). Saiu bastante para o jogo, foi voluntarioso. Mas não apresentou bom futebol (a bem da verdade, também pela péssima criação do time). NOTA: 5,5.
• Gabriel: Ajudou a defesa quando o Roma mais atacava (minutos finais). Jogou pouco para receber nota.
• Adaílton: Participou de três lances. O primeiro foi um bom ataque que ele mesmo conduziu, que infelizmente não resultou em gol. Outro foi uma finalização não muito difícil em que o jogador errou o gol. Por fim, recebeu a falta que foi convertida em gol por Paulo Baier.
• Alê: Jogou pouco para receber nota.
• Geninho: Voltou a jogar com o 3-5-2, mas em contra-ataques. Em termos de produtividade, a única melhora foi que o meio deixou menos espaços (também por termos um zagueiro e um lateral de ofício no lado direito). Escalou o time corretamente (considerando, por óbvio, a fragilidade técnica do adversário), mas não foi tão feliz nas substituições. Tirou Madson para colocar Gabriel. A outra substituição, mais discutível, foi ter tirado Guerrón (que não estava mal) para colocar Adaílton (a meu ver, quem devia ter saído era Nieto). Por fim, tirou Nieto para colocar Alê. Embora não tenha cometido um erro enorme, Geninho não teve uma noite inspirada em termos de substituições. Por outro lado, há que se considerar que o time teve uma expulsão, que levou dois gols seguidos (que empataram a partida) e que a arbitragem foi bastante confusa. De qualquer maneira, o resultado em boa parte pode ser atribuído a Paulo Baier. NOTA: 6,0.
Uma observação especial merece o árbitro Edivaldo Elias da Silva. Na minha interpretação, o primeiro lance polêmico (sofrido por Madson) foi pênalti. O jogador foi esperto a ponto de cair apenas quando já estava na área (o que é correto, do ponto de vista do jogador, apenas os experientes fazem isso). A falta iniciou fora da área e continuou dentro, sendo que o jogador apenas caiu dentro. Se Madson apenas sofresse a falta fora e caísse dentro, sem sofrer falta dentro (lance bastante comum), seria falta. Restou configurado o pênalti porque o jogador do Roma fez falta também dentro da área. Além disso, a falta que resultou no segundo gol de Paulo Baier não foi falta, mas pênalti, pois ocorreu claramente dentro da área. O árbitro deu vários cartões amarelos ao Furacão, muitos desmotivados (como o do Nieto e do Madson), outros não (como os de Flávio). Por fim, Edivaldo da Silva foi exagerado no acréscimo de 6 minutos – não havia necessidade de tanto tempo. Pior, nos minutos finais a marcação de faltas era ainda pior. Foi uma arbitragem que, em termos de resultado, não foi prejudicial a ninguém, mas foi ruim.

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