O Portão. Por Diogo Rodrigues Manassés

Para muitos, Roberto Carlos é o maior compositor brasileiro de todos os tempos. Pessoalmente, prefiro Tom Jobim. De todo modo, “O Portão” cabe no atual momento.
Pensa Geninho: “Meu retrato ainda na parede / Meio amarelado pelo tempo / Como a perguntar / Por onde andei? / E eu falei! // Onde andei / Não deu para ficar / Porque aqui, / Aqui é o meu lugar / Eu voltei / ‘Pras’ coisas que eu deixei / Eu voltei”. Ele voltou porque aqui é o seu lugar. E voltou para, como de costume, conseguir títulos.
Muitos criticaram a contratação. Como eu já havia dito, também preferia um nome novo. Contudo, diante da urgência e da disponibilidade do mercado, Eugênio Machado Souto não foi opção ruim. Ao contrário, é o técnico que tem a maior identificação com o Furacão. É atleticano de coração – algo que falta nos jogadores e em alguns dirigentes. Ou seja, é um diferencial.
Marcos Malucelli pode ter escolhido Geninho com escopo “populista” e para “calar” a torcida. O técnico pode até não ser unanimidade mais. Tanto faz. Que traga resultados positivos, isso basta. Mas não se iludam: sem reforços, nem José Mourinho faria milagre. O time tem potencial, mas também tem carências.
Geninho pode não ser o melhor técnico do planeta, mas teve aqui ótimas passagens (lembrando que o time de 2008/2009 era horrível). Dá certo no Atlético. Quem se considera atleticano no mínimo respeita um dos nossos maiores ídolos. Bem-vindo Geninho, aqui o trabalho será difícil, mas a minha torcida por mais um sucesso é incondicional.