sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Precipitação. Por Diogo Rodrigues Manassés

Minha ideia para a coluna de hoje era fazer uma homenagem a um jogador específico. Mudei a vontade original, em decorrência da minha surpresa diante de alguns ânimos precipitados. Vamos às precipitações:

“Os gringos já podem ir embora”. Calma! Guerrón não fez nenhuma grande partida, mas ainda merece chances. Nieto praticamente não teve chance. A situação do González sinceramente me intriga...

“Fora Carpegiani”. Se fosse time pequeno, certamente seria assim. Por mais que o técnico erre, merece respeito e tem ótimo currículo. Errou, vai errar mais, mas é a melhor opção. Quem melhor está no mercado? Isso sem contar a limitação do elenco e a dificuldade de montar um bom esquema com os jogadores disponíveis. Mudar treinador constantemente é para times pequenos. Não é o nosso caso.

“Olberdam já é titular absoluto”. Concordo que tem demonstrado qualidade, mas duas partidas não servem de parâmetro. O próprio jogador está “se sentindo em casa”. Vamos com calma.

“Neto vem falhando, merece ficar no banco”. É bem verdade que teve falhas, mas nada a ponto de perder a titularidade. Paciência. Falhou e falhará mais, é assim que funciona com os goleiros.

“Agora vamos para o G-4”. Em um campeonato longo e de adversários tecnicamente semelhantes (salvo exceções dos extremos da tabela), podemos ir ao céu ou ao inferno em duas rodadas. Insisto que o time é limitado, embora, coletivamente, com Carpegiani esteja crescendo. Sonhar com o G-4 é saudável, mas não temos time para tanto. Tampouco para fugir da ZR, exclusivamente. Com garra, o time tem condições de ficar entre os dez primeiros.

“O jogo contra o Grêmio Portoalegrense será fácil”. Ledo engano. Não existe jogo fácil neste campeonato. Sim, temos boas chances de vitória, é inclusive nossa obrigação, mas o jogo ainda não foi jogado.

Alegria é salutar, mas cuidado com empolgação excessiva. A chance de se ferir é maior. SRN.



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