sexta-feira, 18 de junho de 2010

Paixão sem limites. Por Daura Rigolin

"O fato de ser filha de pais atleticanos fanáticos por si só justificaria minha afinidade e predileção pelo rubro negro da baixada. Todavia minha paixão pelo furacão é inata, pois mesmo antes de nascer meu coração já pulsava pelas suas cores.
Contam meus pais, que não perdiam nenhum jogo do Atlético nas décadas de 60 e 70 por ocasião da decisão do Paranaense de 1970, desceram de trem, como centenas de torcedores do CAP também o fizeram, até Paranaguá para assistirem a partida final contra o Clube Atlético Seleto.
Com a vitória por 4x1 o Atlético sagrou-se campeão para êxtase e alegria de sua torcida que numa incontrolável euforia pos abaixo o alambrado, invadindo o gramado para abraçar seus ídolos. Nessa desenfreada ação muitos torcedores, incluindo minha mãe que estava grávida de mim, foram pisoteados necessitando receber atendimento hospitalar.
Felizmente nada de grave foi diagnosticado com relação ao estado do bebê, no caso EU própria.
Porém, mais tarde aquilo que se prenunciava como um parto normal tranformou-se em um procedimento cirúrgico de risco, tanto para minha mãe como que para mim o bebê, conforme confidenciou ao meu pai o médico assistente, o já falecido, Dr. MOISÉS PACIORNIK.
Assim, na madrugada de sábado (12/03/1971), vim ao mundo de parto prematuro (7 meses), com a saúde debilitada e com poucas chances de sobrevivência.
Meu pai, atortoado com aquela situação, deixou pela manhã o hospital vagando sem rumo pelas ruas de Curitiba e quando deu por sí estava diante do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Entrou na igreja e permaneceu algum tempo orando e pedindo a DEUS que protegesse e desse saúde a sua esposa e a sua filha recém nascida. Espiritualmente mais tranquilo e sereno, após os pedidos e orações, deixou aquele santuário notando um movimento incomum de pessoas transitando pela redondeza.
Ocorre que transtornado pela situação aflitiva que vinha passando não lembrou que era domingo de ATLETIBA, daí a razão da movimentação de ambas as torcidas.
Embora o drama que experimentava, parecia que uma força mística o conduzia para dentro do estádio e quando deu por sí já estava (MAL) acomodado nos fétidos degraus do Alto da Glória.
Com o Jogo já em andmento, o placar registrava 2x0 para os coxas, num prenúncio de que o que era ruim estava piorando, pois o Atlético até penalti acabava de perder, repentinamente uma virada histórica estava para ocorrer, pois o Atlético reunindo forças conseguiu mudar o placar para 4x2 a seu favor, enchendo de alegria e felicidade a sua fantástica torcida que nem se importou com mais um tento marcado pelos coxas no final do jogo.
Um pouco mais aliviado, meu pai retornou ao hospital onde recebeu a informação de que minha mãe e eu já não estávamos em situação de risco e que brevemente teríamos alta médica. Foi uma recuperação milagrosa sem dúvida e para meu pai aquele foi o domingo mais gratificante de sua vida.
Esses foram os fatos determinantes da minha inata paixão pelo FURACÃO que foi gradativamente crescendo à medida em que eu também crescia, já frequentando junto com minhas irmãs Márcia e Ana Cláudia (Não menos fanáticas) todos os jogos do Atlético ao lado da torcida do ETA.

LLorenzo, Giovanna e Jared Rigolin.
Uma paixão que leguei aos meus filhos Giovanna, Jared e Lorenzo e que apesar de distante do Brasil não mudou, pois sofro a cada insucesso e exulto de alegria a cada conquista alcançada.
É uma paixão que transcende os limites da razão e supera até o próprio patriotismo pela nossa seleção brasileira, a não ser é claro, que em seu elenco haja atletas do Furacão como ocorreu na Copa de 2002.
"É ISSO AI.... A MINHA PAIXÃO PELO FURACÃO HÁ 39 ANOS....
AMO MINHA FAMILIA, MEUS PAIS, IRMÃOS E É CLARO O NOSSO FURACÃO.
Saudações Rubro Negra!!!!!
Daura Elisa Siqueira Rigolin -Portugal

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Um comentário:

Manoela disse...

Linda sua história Daura. Vc é uma atleticana de coração