quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Arquiteto da Arena da Baixada prevê fechamento do estádio em 2011


A torcida do Atlético Paranaense terá de ficar longe da Arena da Baixada entre março de 2011 e março de 2012. Esta é a projeção que o arquiteto responsável pela construção do novo Joaquim Américo, Carlos Arcos, fez durante a 8ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, evento que está sendo realizado nesta semana. De acordo com Arcos, as obras deverão começar mesmo até março de 2010, data-limite imposta pela Fifa para os estádios que sediarão a Copa do Mundo de 2014. A origem dos recursos, porém, seguem indefinidas.
“As obras começam até março de 2010 e devem ficar prontas em um ano. Durante essa fase, o estádio continua a funcionar normalmente. Haverá espaço para vestiários, camarotes e instalações de mídia, englobando, na prática, a totalidade das instalações necessárias para um jogo de Mundial”, afirmou Carlos Arcos, em declarações reproduzidas pelo site Copa2014.org.br. A primeira fase terá obras para construção de mais 11 mil lugares, em uma estrutura de três andares.
Após esta fase, o Joaquim Américo terá de ser fechado para as obras na cobertura do estádio, a qual deverá ser trocada, diante do projeto inicial de R$ 138 milhões apresentado à Fifa. “Dois arcos metálicos de 220 metros servirão de suporte à cobertura, criando um grande vão livre. As quatro extremidades serão apoiadas sobre colunas localizadas atrás dos gols”, comentou o arquiteto. A empresa alemã Schlaich Bergermann Und Partner (SBP) já participa desta parte da obra, trazendo os cálculos estruturais.
Apesar dos pedidos da Fifa para que os estádios da Copa de 2014 tenham preocupação com o meio ambiente, nada impactante neste sentido está previsto na Arena. “O estádio terá um sistema de placas fotovoltaicas para a irrigação do campo”, disse, complementando sobre o sistema de energia solar: “a troca de energia com as distribuidoras não compensa os custos da instalação do sistema”. A preocupação ambiental será com o reaproveitamento da água.
“A arquibancada ficará a seis metros do gramado, limite mínimo permitido pela Fifa. Transformaremos o fosso em reservatório de água da chuva, captada pela cobertura, que será usada para a irrigação do campo e águas secundárias, como em sanitários e limpeza de certas áreas”, adiantou Arcos.
A diretoria atleticana ainda aguarda a definição da fonte dos recursos para então se pronunciar oficialmente. O que já se sabe é que o Furacão tentará um acerto com o Coritiba para mandar os seus jogos neste período de fechamento da Arena no Couto Pereira, único estádio de Curitiba que poderia abrigar o atual número de associados do Rubro-Negro.

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