quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Árbitro 'pega leve' na súmula, e Antônio Lopes pode escapar de gancho

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A expulsão do técnico Antônio Lopes na partida entre Atlético-PR e Flamengo, realizada no último domingo, em Curitiba, e toda a confusão que ela gerou, criou a expectativa de uma possível punição ao comandante do Furacão. Entretanto, a divulgação da súmula escrita pelo árbitro Leandro Vuaden tranquilizou o torcedor paranaense. Não houve relato de ofensas e nem de um comportamento agressivo, ou coisa parecida, vinda do técnico atleticano. Vuaden escreveu apenas que o treinador teria “gesticulado com a cabeça, balançando-a de um lado para o outro”, além de ter se colocado à frente do trio de arbitragem pouco antes do reinício da partida no segundo tempo, impedindo sua passagem.
Para o advogado do Furacão, Domingos Moro, a situação é preocupante, mas não tão grave quando parecia. Para ele, a descrição afasta definitivamente a possibilidade de enquadramento por ofensa moral, pois cita que Lopes apenas reclamou por gestos.
- Antes da súmula e da própria denúncia, não temos como falar com certeza. As pessoas se preocuparam antes do tempo. Vi a súmula, bem redigida, aliás, mas acho que existe a possibilidade de combate-la. O gesto relatado é de censura com a cabeça, não fala em palavras. Talvez o que possa nos preocupar seja uma possível denúncia por invasão de campo e também de atraso, embora o time estivesse em campo – disse Moro.
Uma dúvida que permaneceu mesmo após a divulgação da súmula foi o momento em que Lopes acabou expulso.
- Vou provar que ele não foi expulso no final do primeiro tempo, entrando nos vestiários. Se isso estivesse acontecido, todos teriam noticiado. Ele foi comunicado da expulsão apenas quando estava voltando. Se não fosse assim, não teria voltado. O Lopes não é uma criança – afirmou o advogExistia a expectativa de que o auxiliar de arbitragem Altemir Hausmann anexasse uma queixa contra o treinador do Atlético-PR. As imagens mostram Antônio Lopes chamando o assistente de indigno e dizendo que ele não teria caráter, além de ter pedido sua prisão (veja no vídeo). Contudo, tal relato não aconteceu. - Se houve problema, foi com o auxiliar, não com o árbitro principal. A narrativa do Vuaden é de uma suposta interpelação do Lopes ao trio, sem menção ao auxiliar. Isso me faz parecer que o Lopes tem razão na sua reclamação (de que foi ‘agredido’ com um empurrão por Hausmann). Eu acho, numa rápida análise, que a súmula abrandou a denúncia para que se abrandem as punições.
Apesar de aliviar Lopes, o relato do árbitro gaúcho pode prejudicar o Furacão. Ele menciona o arremesso de uma revista no gramado da Arena. O exemplar recolhido e anexado à súmula estava dobrado e não teria atingido ninguém.
Lopes faz Boletim de Ocorrência por “chambão”
O técnico do Atlético-PR realmente registrou um B.O. na delegacia itinerante que é instalada na Arena da Baixada em dias de jogos. Segundo Domingos Moro, o clube pode apresentar uma queixa contra Hausmann. - Ele fez o B.O. e arrolou como testemunhas o Bolinha (massagista) e o professor Riva (de Carli, preparador físico), que teriam visto o ‘chambão’, como disse o próprio Lopes, ou esbarrão. Provavelmente deveremos formalizar uma queixa. Se ela vai ser recebida e julgada, são outros quinhentos. Mas vamos ver essa possibilidade - concluiu

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