Três anos sem nenhum título. Foi duro agüentar este tempo de jejum, depois ser bicampeão invicto,mas isso não foi suficiente para nos fazer esmorecer. O período de abstinência não diminuiu nossa vontade e a já tradicional garra dos jogadores rubro-negros.Veio 1934 e o Atlético voltou a vencer e a mostrar sua força nos gramados. Fomos novamente Campeões Paranaenses, voltamos ao topo e ainda revelamos para o mundo um dos maiores goleiros que o Brasil já viu jogar. Aquele título foi o primeiro de Alfredo Gottardi, o Caju. Ele ainda não era a majestade do arco, só ficaria conhecido assim anos mais tarde, mas já mostrava toda a segurança que o tornou titular da Seleção Brasileira.
Foi neste ano também que a crônica radialista começou a fazer parte da vida do Rubro-Negro. Em um Atletiba, na baixada do Água Verde, a Rádio Clube Paranaense fez sua primeira transmissão esportiva, que também foi a primeira transmissão pelas ondas do rádio da história de Curitiba. Muitas pessoas foram ao estádio para presenciar o acontecimento, inclusive, o interventor Manoel Ribas. O clássico terminou empatado em 1 a 1.
A campanha atleticana foi ótima. Perdemos um jogo só, no primeiro turno, para o Palestra Itália. Dos dez jogos que fizemos, vencemos a metade e marcamos 14 gols.
Fomos novamente campeões por antecipação. Na penúltima rodada, vencemos o Nacional por 3 a 1, com gols de Raul (dois) e Mimi, e chegamos ao último jogo com o título na mão. Naquele dia, fomos ao campo só para cumprir tabela contra o Ferroviário. Mesmo depois da festa do título, partida que acabou empatada em 1 a 1.
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