quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Desempenho dos jogadores. Por Diogo Rodrigues Manassés

Em um espetáculo fraco, prevaleceu a raça: mesmo mal tecnicamente, o Furacão venceu o Cruzeiro, time que, apesar de melhor tecnicamente, estava mal taticamente. Mais uma vez, a entrega exigida pelo técnico atleticano foi o diferencial. A vitória do Furacão foi pelo placar de 2x1, gols de Marcinho e Cléber Santana. Confira a análise do desempenho individual dos jogadores:

  • Renan Rocha: Foi um dos melhores jogadores em campo. Fez excelentes defesas, com simplicidade e eficiência. Não falhou no gol marcado pelo adversário. NOTA: 8,5.
  • Fabrício: Não fez sua melhor partida, mas não foi mal. Salvou uma bola em que Renan já estava fora do lance. NOTA: 7,0.
  • Manoel: Um pouco melhor que Fabrício, seguro e veloz. No início do jogo, duas vezes tentou fazer gol. NOTA: 7,5.
  • Edílson: Falhou no lance do gol adversário, pois era ele quem marcava o jogador que acabou fazendo o gol (contudo, a falha foi geral, tendo em vista que a zaga estava mal posicionada). Mas acertou o cruzamento (provavelmente – pasmem – o único cruzamento certo, feito por um lateral, na partida inteira) que resultou no primeiro gol da partida. Bem no primeiro tempo, cansou no segundo. NOTA: 7,5.
  • Paulinho: Errou na imensa maioria das vezes em que participou. Não acertou cruzamentos, errou passes... mas foi importante taticamente, no primeiro tempo, as jogadas ofensivas foram pelo seu lado (por outro lado, infrutíferas, pois o gol foi pelo outro lado). No segundo tempo ficou mais preso (suponho, por ordem do técnico), pois, no primeiro, seu lado foi uma avenida (inclusive para o gol do adversário). NOTA: 3,0.
  • Deivid: Marcar um jogador na partida era pouco para o gigante. Marcou vários, competentemente. Montillo só entrou em campo, não conseguiu jogar nada. NOTA: 10,0.
  • Kléberson: O jogador que só é importante taticamente mais uma vez não fez uma grande partida. Possivelmente foi o jogador que mais errou passes pelo Furacão. No primeiro tempo foi peça importante como fator surpresa no ataque, no segundo, sumiu e ficou apenas na marcação. Destacou-se em um lance em que tirou muito bem a bola de Montillo, de modo limpo. NOTA: 6,0.
  • Cléber Santana: Omisso boa parte da partida. Não errou passes, mas participou pouco, ao contrário do que fazia nas outras partidas, não “chamou o jogo”. Por outro lado, foi o autor do gol que garantiu os três pontos, não merecendo nota ruim. NOTA: 8,0.
  • Marcinho: Voluntarioso, com alguns erros básicos. Ainda assim, sua identificação com o Furacão é notável, sua alegria ao marcar o primeiro gol da partida foi explícita e o amor com o qual ele veste a camisa rubro-negra dá orgulho de ver. Tecnicamente não fez a sua melhor exibição – apesar do gol –, mas a raça que apresentou foi inigualável. NOTA: 9,0.
  • Madson: O de sempre: “fominha”, bom driblador, com velocidade, com vontade e com muitos erros. NOTA: 7,0.
  • Edigar Junio: Apesar de não ter feito gol, foi importante peça ofensiva e apareceu muito bem. NOTA: 8,0.
  • Wagner Diniz: Irritou a torcida por prender a bola, mas foi fundamental para a vitória: foi um dos responsáveis pela expulsão de um jogador adversário e foi dele o passe do gol de Santana. Em termos de resultado, foi ótimo. NOTA: 8,0.
  • Adaílton: Destrambelhado, mas ajudou o time a atacar. NOTA: 6,0.
  • Fransérgio: Outro que teve importância tática, pois entrou improvisado como centroavante. E não foi mal. Foi uma improvisação estranha, mas deu certo. Fransérgio tem bom porte e mostrou que sabe cabecear bem. Jogou pouco para receber nota.
  • Renato Portaluppi: Finalmente conseguiu tirar o Furacão da Zona de Rebaixamento. A melhora é indiscutível, apesar de, nesta partida, o time não ter ido tão bem. Sem falsa modéstia, Renato diz “o aproveitamento comigo é de time que briga pelo título”. Contra o Cruzeiro, mais uma vez, o técnico foi feliz: colocou um jogador (Diniz) que foi fundamental na partida (sem contar o cansaço do Edílson). Acertou também nas outras substituições, colocando Adaílton no lugar de Kléberson para o “abafa” dos minutos restantes e foi correto ao colocar Fransérgio, apesar da improvisação. Poder-se-ia questionar que Adaílton entrou sem posicionamento definido. A ideia (suponho) era justamente essa. A tática ficou de lado, restando a raça, que sempre foi e sempre será o diferencial atleticano. A entrada de Fransérgio como centroavante justifica-se de duas maneiras: foi uma forma de pressão em relação à diretoria, evidenciando a falta de jogadores para a posição, além disso, colocou um jogador que já mostrou condições mínimas de figurar nessa posição, principalmente para “prender” os zagueiros. Enfim, Renato acertou nas substituições e foi graças ao “dedo do técnico”, aliado à força de vontade do grupo, que conseguimos os três pontos. E que assim continue. NOTA: 10,0.

Um comentário:

Renata disse...

Diego, gostei da sua análise... Parabéns