domingo, 23 de janeiro de 2011

Análise dos jogadores. Por Diogo Rodrigues Manassés

O Furacão, em seu segundo jogo na Arena na temporada de 2011, venceu o time do Iraty, de virada, pelo placar de 2x1. Em um jogo de dois tempos completamente distintos, os dois gols do Furacão foram marcados na etapa complementar, ambos pelo atacante Lucas.

  • João Carlos: Na técnica, a diferença entre ele e Neto é a subida. João vem lembrando Galatto nas bolas aéreas. Preocupa. Mas ainda é cedo e pode melhorar. Creio que a maior dificuldade é psicológica: joga com uma torcida desconfiada, sem moral. Além disso, não transmite a confiança de Neto e não comanda a zaga como o antigo camisa 1. Ainda é cedo, até porque fez boas defesas, mas tem de pegar as bolas aéreas. Falhou no gol. NOTA: 5,0.
  • Rafael Santos: Como o time todo, fez um primeiro tempo ruim. É um dos culpados pelo gol do Iraty. Mas melhorou no segundo tempo. Falta entrosamento com o companheiro de zaga (que é inferior a ele), pois todos sabemos da sua qualidade. NOTA: 5,0.
  • Manoel: Foi pior que Rafael, mas, com ele, falhou no primeiro gol. Vem demonstrando falta de vontade. É outro que preocupa. Ainda assim, não concordo com a torcida não perdoando seus erros em campo. É cedo. NOTA: 4,5.
  • Wagner Diniz: Defensivamente, competente; ofensivamente, muito mal (até o técnico conseguiu perceber). Voluntarioso, mas pouco ajudou Guerrón. NOTA: 4,0.
  • Paulinho: até avançou, mas, nos cruzamentos, todos sabemos (e ele insiste em evidenciar), é péssimo. Defensivamente, é ótimo. Vem crescendo de produção, aprimorando sua técnica. Mas lateral que não sabe cruzar não é aceitável. Héracles é melhor, devia ser aproveitado no paranaense. NOTA: 5,0.
  • Alê: Vem melhorando. A grande dificuldade é que é o único volante (por opção do técnico), se tivesse um companheiro poderia apresentar um futebol melhor. Foi o mais regular na partida. NOTA: 5,5.
  • Paulo Baier: Primeiro tempo ruim. Motivo? Opção do técnico de colocá-lo como segundo volante (ironicamente, Soares afirmou, após o jogo de quarta-feira, que Baier era segundo volante, hoje negou). Baier jogando recuado é um desperdício (lembrando que foi eleito o terceiro melhor meia pela direita do campeonato brasileiro de 2010): seu futebol não é bom e ele fica desgastado. É burrice colocá-lo nessa posição. No segundo tempo, jogando avançado, não ficou desgastado, ajudou muito mais o time (que rendeu mais) e quase apresentou seu excelente futebol (já estava cansado), além de quase marcar um gol. Espero que o técnico não insista na burrice de Paulo Baier marcador. Por fim, apesar da idade, corre mais que outros jogadores. Honra a camisa. Bonito de ver. NOTA: 6,5.
  • Madson: Ainda está aquém. Motivo? Perdido em campo. Seu potencial não está sendo explorado, é pouco apoiado pelos laterais. Não vai mal porque é disposto sempre. Correu do começo ao fim e buscou marcar o gol. Se bem colocado em campo será espetacular. NOTA: 6,5.
  • Guerrón: Como o resto da equipe, foi mal no primeiro tempo. Como o resto da equipe, melhorou bastante no segundo tempo. Como de costume, correu e tentou ajudar o grupo incessantemente. Como no último jogo, o primeiro gol rubro-negro teve a sua participação direta, em mais uma ótima jogada. Como Madson, se bem posicionado, pode render muito. NOTA: 6,5.
  • Branquinho: Perdido em campo e sem vontade. Sem a menor sombra de dúvidas, o pior em campo. Completamente inútil. Foi o único que não melhorou sequer no segundo tempo. NOTA: 1,0.
  • Lucas: No primeiro tempo, a bola praticamente não chegava. Quando chegava, apesar da vontade, Lucas não conseguia nada. No segundo tempo, fez os dois gols. O primeiro, fruto de uma excelente jogada de Guerrón, evidenciou que finalmente temos um atacante que sabe fazer gols. Se fosse Nieto ou Bruno Mineiro, certamente nada sairia. O segundo foi um belíssimo gol, tiro de longe forte e no canto. Lucas ganha moral. Finalmente um atacante – espero. Leva a melhor nota porque foi o maior responsável pela vitória. NOTA: 8,0.
  • Marcos Pimentel: errou, mas apoiou mais que Diniz. O técnico já percebeu e reconhece. Se não for titular na próxima partida, é pela burrice insistente do técnico. NOTA: 6,0.
  • Vitor: Pouco fez. Entrou pelo cansaço de Alê. Apenas tentou tirar a posse de bola do adversário. Não merece nota porque entrou quando o Furacão vencia e administrava o resultado.
  • Gabriel: Jogou muito pouco para receber nota.
  • Sérgio Soares: Vem escancarando sua deficiência como técnico, sua completa imperícia. Perdido, escala mal, tenta corrigir os erros que poderia nem ter cometido, se contradiz... Péssimo! Após o jogo de quarta-feira (contra aquele time cujo nome não merece ser citado), disse que era necessário colocar Paulo Baier recuado e marcando (sacrificado), como segundo volante. Hoje negou que Baier era segundo volante, mas “meia que vem de trás”. Contradição absurda. De todo modo, o Maestro não merece esse sacrifício. É ruim para ele e para o time. Iniciou assim, o time jogou mal. Mudou, o time melhorou muito. Não era mais fácil ter começado com Baier no lugar certo? Não para por aí. Madson e Branquinho continuam perdidos em campo, totalmente sem posição. A diferença é que o primeiro tem vontade de jogar, o segundo não. Tem mais. Sérgio Soares é um técnico sem pulso, sem autoridade. Prova disso foi a revolta de Diniz ao ser substituído – ou seja, não respeita o treinador. O time continua um bando. Vence, mas, taticamente, é ridículo. A vitória deveu-se à técnica (afinal, os jogadores do CAP são imensamente melhores que os do adversário), não ao correto posicionamento tático. Enquanto o técnico do Iraty comandava seu time do banco de reservas, gritando sem parar (mesmo enquanto venciam), Soares, com seu time perdendo, era passivo, assistia ao jogo sem nada dizer. Finalizo: a permanência de Sérgio Soares pode gerar uma eliminação precoce da Copa do Brasil, além de não ganharmos o paranaense. NOTA: 3,5.


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