segunda-feira, 29 de março de 2010

Brasil, perde o camisa 10 do jornalismo esportivo

Nós do Blog Espaço Atlético, estamos de luto, pela perda do grande jornalista Armando Nogueira.
Dizer que ele era bom é dizer pouco! Armando era simplesmente o melhor, era o ícone do jornalismo esportivo do Brasil. Era um homem extremamente inteligente, de uma cultura fora do comum.
O velório do ex-diretor da Central Globo de Jornalismo e comentarista esportivo Armando Nogueira, de 83 anos, esta sendo realizado na Tribuna de Honra do Estádio do Maracanã. A informação é da secretária Estadual de Esporte do Rio, Márcia Lins.
O jornalista morreu por volta das 7h desta segunda-feira (29), em seu apartamento, na Lagoa, na Zona Sul do Rio, em consequência de um câncer.O enterro será na terça-feira (30), às 12h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
Descanse em paz. Com certeza o céu ganhou uma estrela que jamais vai deixar de brilhar!

2 comentários:

Anônimo disse...

DIZEM QUE "NINGUEM É INSUBSTITUÍVEL"....MENTIRA. NO ESPORTE ARMANDO NOGUEIRA FOI O MAIOR LETRADO, COMENTARISTA, COLUNISTA E IRREPREENSÍVEL POETA DOS ESPORTES! O CÉU ESTÁ MAIS INTELIGENTE E MUITO MAIS ESPORTIVO A PARTIR DE HOJE! SOU ATLETICANO COM INVEJA DO BOTAFOGO, PORQUE ELES TIVERAM ARMANDO NOGUEIRA COMO TORCEDOR! JOLY JUNIOR.

Anônimo disse...

Confira o texto produzido por Armando Nogueira, em 2001, ano em que o Atlético Paranaense foi campeão Brasileiro.

Jornal do Brasil-RJ / Edição de 26 de dezembro de 2001

Espelho pra Seleção:

Futebol assim lava a alma. Duas equipes empolgantes. Duas torcidas solidárias e, sobretudo, civilizadas. Ninguém morreu, ninguém matou. O jogo final até que ficou devendo em beleza técnica. Cumpriu-se a intenção do Atlético Paranaense. O time não quis correr maiores riscos. Como sabia que seria atacada inapelavelmente, tirou partido de uma arma que sempre manejou muito bem, que é o contra-ataque.

O desfecho da partida já era esperado. O placar de 4 a 2, da Arena, como que selara a sorte do título. Os jogadores do São Cateano confessavam, à saída do vestiário: nós perdemos o campeonato em Curitiba. Palavras do lateral Mancini. Verdade pura. A charada da partida era facilmente decifrável. O Atlético Paranaense, pra sair campeão, não precisava nem de um gol e, no entanto, tinha, em campo, uma dupla de artilheiros dos mais temíveis da temporada: Kleber e Alex Mineiro. A qualquer momento, um deles daria o ar de sua graça. Já o São Caetano, que necessitava ao menos de dois gols, não dispunha sequer de um goleador. Afinal, Magrão não é do ramo. Ele é apenas um discreto cabeceador, extremamente limitado com a bola nos pés. Deu no que tinha que dar: Alex Mineiro, um a zero, crismaria o campeão.

Pela trajetória ascendente, fenomenal da equipe. Pelo esplendor da torcida, ruidosa e pacífica, retocada de rostos bonitos e saudáveis ("Ah, como as mulheres são lindas/ Inútil pensar que é do vestido", como diz Bandeira). Pela alma vertiginosa da camisa atleticana. Pela cara fechada do implacável Alessandro. Pelo elã de Adriano. Pela tormenta que desaba no campo, ora, com Kleber, ora, com Alex.

Enfim, pela dimensão festiva que os dois finalistas devolveram ao futebol, só me cabe pedir, de Natal, que a seleção dispute o mundial 2002, com uma equipe exatamente assim. Nada menos, nada mais que assim. Do princípio ao fim. JOLY JUNIOR...