Da equipe da base que foi vice-campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior pelo Atlético neste ano e que já está no profissional, o zagueiro Ronaldo vive status de exceção. Ao contrário dos companheiros Manoel, Alex Sandro e Patrick, o jogador de 20 anos ainda não conseguiu renovar com o clube, e o acordo, que expira em maio de 2010, fica a cada dia mais distante de ser estendido.
Assim como no início das conversas, cada parte tem um discurso. No Furacão, o diretor de futebol Ocimar Bolicenho destacou que o clube foi ao limite e que o problema com Ronaldo e seus empresários não é financeiro, mas sim de conceito. - A distância financeira nem é tão grande, mas eu acho que há uma falha de conceito. Você não pode abrir uma exceção ao Ronaldo, já que isso significaria a quebra de uma estratégia que adotamos lá atrás, quando renovamos boa parte dos contratos dos garotos que subiram da base. Ele tem contrato até maio, não é algo que esteja nos desesperando - disse Bolicenho.
Já Alexandre Rocha Loures, agente do zagueiro, apresenta outros argumentos e foge do “rótulo de vilão” que, segundo ele, a diretoria atleticana tenta lhe imputar. O procurador de Ronaldo revelou que a questão envolve sim dinheiro e que, se o Atlético não quiser aceitar o que foi proposto, o jogador cumprirá o seu contrato e cuidará do seu futuro em outra agremiação.
- Nós queremos um contrato fixo, o clube nos ofereceu um outro por performance. Alguns jovens do elenco possuem um contrato assim, mas nós não queremos isso para o Ronaldo. Se eles não acham que vale pagar o que solicitamos para o jogador, é um sinal de que eles não têm interesse em renovar. É aquela coisa, quando não se chega a um acordo o atleta vai embora, acontece com vários clubes. Só não podemos ser tratados como vilões, não pedimos nada anormal - contrapôs Loures.
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