sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Atlético - Campeão Paranaense de 1998

Em 1998, o Atlético conquistou mais uma taça de Campeão Paranaense e, para a euforia de todos nós, mais uma vez sobre o Coritiba. A campanha foi incontestável, com direito a turno invicto e apenas duas derrotas em 31 jogos. A fórmula do campeonato previa outra vez um quadrangular semifinal, desta vez , disputado em dois turnos. As equipes que terminassem na frente em cada um deles seriam as finalistas do torneio. Na primeira fase do quadrangular o Atlético começou tropeçando contra os Coxas, mas venceu os outros dois jogos contra Paraná e Iraty. todavia, eles terminaram na frente e garantiram a primeira vaga na final.
Na Segunda fase, o Atlético assegurou a outra vaga com um empate e mais duas vitórias. Ou seja, rivalidade à flor da pele em novo Atletiba na final. Pela melhor campanha em todas as fases, o CAP teria a vantagem de mando das duas últimas partidas, em uma melhor de três.
No primeiro jogo, com o Couto Pereira lotado, Nélio fez 1 a 0 para o Rubro-Negro, mas na etapa final veio o empate no finalzinho, quando a gente já pensava em comemorar a primeira vitória na grande final. Aos 42 minutos, surgiu o gol adversário. Com isso, a definição ficou para as duas no Pinheirão.
Do segundo confronto, saí de alma lavada, com coração aos saltos e a certeza de que o título estava consumado. Foi uma aula de futebol para quem quisesse aprendr. A goleada foi tão sonora que ainda hoje posso ouvir o reboar da comemoração de cada gol, como se a alegria daquela tarde ainda estivesse viva dentro de mim tal qual o barulho das ondas se abriga no fundo das conchas atiradas na praia. Atlético 4 a 1, com direito a um golaço olímpico do meia Nélio, e o passo decisivo para a conquista do campeonato estava dado, para a alegria dos quase 40 mil espectadores que lotaram o Pinheirão. Agora, só faltava um jogo para soltar o grito de campeão.
Na última partida, recorde de público. Mais de 44 mil torcedores coloriram o estádio de vermelho e preto. Mas, no início de jogo foi o Coritiba quem tomou a iniciativa e, aos 35 minutos, teve um pênalti marcado a seu favor. O estádio silenciou. Do gol adversário saiu o goleiro Régis, experiente, acostumado a pegar pênaltis na carreira e também a fazer gols da marca da cal. Lá do alto da arquibancada, ele parecia seguro e tranqüilo para a cobrança. Ajeitou a bola, afastou-se e olhou fixamente para ao goleiro Flávio. Aqueles poucos segundos demoraram mais que mais que todo o restante da partida. Ele correu para a bola e bateu forte, mas ela foi pra fora. Se já havia bons motivos para a festa atleticana, o erro do rival fez a nação Rubro-Negra incendiar as arquibancadas e o jogo. Não demorou quase nada e a reação também veio dentro de campo. Apenas quatro minutos depois, Dedé cobrou falta com uma potência impressionante para marcar 1 a 0 Furacão. No segundo tempo, logo aos 7 minutos, Marcelo cobrou falta e levantou a bola na área, o zagueiro Wilson subiu mais que toda a zaga e fez o segundo do Furacão. Eles ainda tentaram pressionar, mas sem sucesso. Até conseguiram descontar aos 41, mas todos nós já comemorávamos mais um título... Em mais um Atletiba!

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