Goyá Campos integrou a equipe de Governo do primeiro mandado do Governador Requião, atuando como Secretário de Justiça. Foi também Procurador de Curitiba e Membro do Conselho Penitenciário do Paraná. Advogado do velho MDB de Guerra, foi um dos idealizadores do PMDB no Estado. Lutador incansável pela efetivação Justiça, era um grande homem, e acima de tudo, atleticano. Tive a honra de acompanhar parte de sua bonita trajetória de perto, tornando-me um inconteste admirador.
Mas a homenagem singela dedicada neste post não se resume à lembrança do passamento deste ilustre homem de leis, um paranaense de amor e adoção. Serve também para contar a transformação do pequeno Bruno Milano num também grande - foi-se a modéstia - apaixonado rubro negro.
Naquele novembro de 1983, Goyá mudou a vida deste colunista. De avô materno coxa branca e de pai atleticano, mas desligado das emoções do futebol, a sorte do pequeno Bruno estava lançada. Podia tornar-se de tudo. Os fantasmas do tremendão estavam há poucos quilômetros. O perigo era iminente. Eis que surge, dentre os presentes ao recém nato, aquele que se destacaria e se faria fundamental em toda sua vida: um pequeno manto rubro negro, ainda em listras horizontais e em pano, com o CAP bordado à altura do peito.

Lógico que, em seus primeiros dias de vida, o garoto jamais teria a noção exata da importância daquele gesto, do tamanho daquele presente. Porque mais que uma camisa, o gesto do Dr. Goyá traduziu-se num legado: um legado de paixão, de alegria, de milhares de irmãos e irmãs rubro negras que o guri do Pilarzinho acabava de conquistar.
Quase 26 anos depois, esta relíquia é cuidadosamente conservada junto com outros mantos rubro-negros, cada um com sua história. Mas o "manto" do Dr. Goyá tem seu charme especial: o de Arremate: existe entrelaçamento de letras mais bonito e trabalhado que nosso "CAP"? Duvido muito. Não sei como a Umbro e a Diretoria do Atlético não se atentaram da beleza que seria uma camisa nova, de jogo, com as letras soltas no peito, sem o escudo que nos acompanha desde 1996. Fica a dica.despertar o primeiro amor deste hoje homem feito: o Clube Atlético dos Paranaenses.
Um bom final de semana!
Um comentário:
Que história linda Bruno! Fiquei emocionada! E concordo plenamente e completamente com vc, essas letras "soltas" sem o escudo, tbpem são minba paixão! abraço
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