terça-feira, 24 de março de 2009

Sonolência, por Diego Pereira


Hoje é um dia difícil para escrever sobre o atlético. Perdemos para o Paranavaí, no último domingo, lá no noroeste do estado. Nossa terceira derrota consecutiva. Partida complicada, nosso goleiro mediano falhou, nossa zaga perdeu-se mais que o padre dos balões, nosso meio inconsistente e nosso ataque inoperante também fizeram suas lambanças. E nossos laterais... nós temos laterais?
Se o senhor Malucelli não contratar urgentemente bons jogadores, vamos passar por maus bocados neste “dois mil inove”. Se o Geninho não largar mão de ser tão teimoso, é batata que já, já ele volta para o Goiás. O Geninho é um gênio teimoso. Não é um xamã.
Senhores dirigentes, jogadores e comissão técnica, pelo amor de deus, façam alguma coisa decente e ganhem este título de 2009 para termos um troféu nos 85 anos. Vamos lutar para conseguir ao menos o campeonato paranaense (que diga-se de passagem, está insuportavelmente fraco), pois se continuarem mantendo o time que temos, é certo que não poderemos almejar nenhum outro título durante o ano.
Está complicado. Rafael Moura acha que é boxeador. Vinícius sofre de miopia, astigmatismo e tem labirintite. RodolPHo (o PH seria de “papel higiênico”?), coitado, é o popular pombo, só faz merda! Zé Antonio é um bom jogador, para jogar no Paraná Clube. O Preá não nasceu para o futebol. Só ele tem a capacidade de fazer surgir em meu peito um sentimento de falta do nada saudoso Pedro Oldoni. Para piorar, o Pimba está a um gene do autismo. Pensando bem, seria um bom jogador para jogar as Paraolimpíadas (sem ofensas, se até o Obama faz “humor negro”, eu também posso).
Galatto, Gustavo, Chico, Alex Sandro, Douglas Maia (Nei, quando voltar), Antonio Carlos, Valência, Julio dos Santos, Netinho, Marcinho e Lima. Baseado no elenco que temos, este, na minha opinião, devia ser nosso time titular, jogando no 4-5-1, com o Marcinho contribuindo no ataque (aí então 4-4-2) e Netinho e Julio com funções específicas de criação. Alex Sandro e Douglas Maia na lateral seria penoso, mas melhor do que ver os cruzamentos infelizes do Netinho no primeiro pau. Valencia e Antonio Carlos na marcação feroz. Neste ano, com este time, apesar das dificuldades, o Furacão será o campeão. Eu acredito nisso até o fim. Nossa salvação, enquanto não chegam os reforços, está no banco de reservas. Enquanto nós comemoraremos mais um título, outros times continuarão “sem tê nada”, com trocadilho, por favor, em homenagem a um centenariozinho qualquer.
Não podemos achar que tudo está bem por sermos líderes. Não tivemos ainda um jogo sequer onde deslanchamos e jogamos realmente como a torcida quer, vencendo com naturalidade e convencendo, com um grupo de jogadores se destacando dos demais, como é praxe lá no Caju. O Atlético de 2009 ainda não mostrou a que veio, apesar, como já disse, de manter a liderança – porém não tão tranqüila como de outrora.
Já vi esse filme. E não gostei do final.
Amigo leitor, não sei se é por causa do sol forte que atinge nossa cidade neste segundo dia de outono, mas estou sonolento, com uma preguiça de fazer inveja a qualquer soteropolitano (ah, esse humor negro que me compele...). Meus dedos não acertam as teclas certas do teclado e um cobrador ta acabando com a bateria do meu celular de tanto ligar pra ele. Tô de saco cheio e o Atlético está dormindo. ACORDA!

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