Quem viu o início do
“duelo de rubro-negros” da noite desta quinta-feira (19), jamais imaginaria
como terminou. O Atlético entrou no gramado do Maracanã com um “apagão” e tomou
dois gols logo de cara. Parecia que seria a segunda derrota consecutiva, mas então
o Furacão fez jus ao apelido: mudou a postura, mostrou poder de reação e virou
o placar para 4 a 2, vencendo o Fla pela primeira vez no “Templo do Futebol”. O
resultado foi de extrema importância para os paranaenses, que continuaram no G4
do Brasileirão.
Apagado,
Atlético sofre dois gols logo de cara e tem que correr atrás do prejuízo
Há
três rodadas sem vencer, o Atlético foi ao Maracanã precisando dos três pontos
para não ter a posição no G4 ameaçada. Ao entrar em campo, porém, foi
surpreendido e viu que não teria uma noite fácil. Logo no primeiro minuto, no
primeiro ataque, Hernane aproveitou o levantamento na área e cabeceou para
abrir o placar para o Flamengo. Não bastasse um gol relâmpago, o segundo não
demoraria a sair: aos sete minutos, Luiz Antônio chutou forte da entrada da
área e ampliou.
Se
entrou no jogo perdido, os gols não ajudaram a situação do Furacão a melhorar.
Pressionado e vulnerável na defesa, principalmente pelo lado esquerdo, por
pouco não sofreu mais gols. As melhores chances saíram da pancada de Luiz
Antônio defendida por Weverton e de uma cabeçada de Cáceres que explodiu na
trave.
A
“luz no fim do túnel” do apagão do rubro-negro paranaense foi o contra-ataque.
Desta forma, descontou o marcador. Aos 20 minutos, Marcelo fez boa jogada
individual pela esquerda, cruzou rasteiro na área e Fran Mérida, estreando no
Brasileiro, se esticou todo para desviar para dentro. Mais que diminuir o
prejuízo no placar, o gol fez o time acordar e equilibrar mais as ações da
partida.
A
partir de então, o Fla ainda tinha mais volume de jogo, mas o Atlético já não
era aquela equipe dominada. Como passou a atacar com mais frequência e em
velocidade, o Furacão parou de ser encurralado e começou a achar brechas no
time adversário. Apesar disso, essas pontadas não resultaram em chances claras
de gols e foi para o intervalo com a desvantagem de 2 a 1. Furacão muda postura,
domina e chega à virada no Maraca Diferente
do primeiro tempo, o Atlético voltou para a etapa complementar atento e
disposto a empatar a partida. Com mais um atacante em campo, com a entrada de
Dellatorre no intervalo, o time se postou lá na frente e tentava criar chances
de balançar as redes. E foi justamente o camisa 49 que empatou em sua primeira
participação no jogo. Aos oito minutos, Everton avançou pela direita e enfiou a
bola na área para o centroavante apenas finalizar para as redes. Depois
de sofrer com a reação paranaense e deixar empatar, o Mengão teve que sair para
o jogo. Se por um lado chegou a conseguir algumas pontadas, embora sem levar
perigo a Weverton, deu espaço para o Furacão jogar. Então, Everton assumiu a
responsabilidade e apareceu como o principal jogador rubro-negro, articulando o
meio-campo e quase fazendo o terceiro gol em dois chutes de longe. Essa
superioridade atleticana seria transformada naquela virada que parecia
improvável no início do jogo. Em jogada em velocidade aos 32 minutos, Roger
tocou para Marcelo na esquerda e o atacante bateu na saída de Paulo Victor para
fazer 3 a 2. Aquele “apagão”, neste momento, foi do Flamengo, que se
desorganizou de vez. E a virada virou goleada. Aos 35 minutos, Roger aproveitou
o escanteio, ficou com a bola na área e fuzilou para fazer o quarto gol, o seu
primeiro no clube. A
vitória estava garantida. Nos últimos minutos os cariocas ainda se arriscaram
em alguns ataques, mas seguiram sem criar boas chances. Enquanto isso, o
Atlético saía nos contragolpes e apenas administrou o placar até o apito final.
E em jogo de extremos, o Furacão bateu o Flamengo por 4 a 2, venceu os cariocas
pela primeira vez em 30 anos no Maracanã e se garantiu no G4 do Brasileirão.
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