Cumprirei
minha promessa: o Furacão subiu, tenho de reconhecer a competência de Ricardo
Drubscky no comando técnico. Antes, porém, algumas ressalvas.
Drubscky teve a capacidade de unir o grupo em
torno de um mesmo objetivo (apesar de que, pelo que ouvi, o grupo se reuniu
para focar no acesso, logo após a saída de Jorginho, ou seja, mesmo sem
Drubscky), tornou-se amigo dos boleiros (o que definitivamente não é fácil),
conseguiu montar um time titular já conhecido, sem improvisações (a meu ver,
sua maior qualidade) e com um estilo de jogo predefinido. Ele teve virtudes, há
que se reconhecer.
Por outro lado, errou demais. Mostrou em todos
os jogos que não sabe fazer substituições, não sabe agir sob pressão, e quase
sempre erra nas alterações. Também não sabe mexer as peças, nunca tem uma carta
na manga (que não seja a qualidade técnica diferenciada de um jogador no banco,
normalmente Paulo Baier, salvador do técnico em várias oportunidades). Ainda, o
time quase sempre voltava pior para o segundo tempo, o que mostra sua absoluta
incapacidade motivacional no intervalo. Pior, praticamente em todas as partidas
o resultado saiu na base do sufoco, não tivemos quase nenhum jogo tranquilo,
mesmo contra adversários desqualificados. Se o problema era o time, escancara
para a diretoria que, sem reforços, estamos fadados a lutar para não cair. Se o
problema é o técnico, inequívoco o erro ao renovar com Drubscky.
Matematicamente, Drubscky fez um trabalho
incontestável. E conseguiu finalizar o ano atingindo o objetivo. Maravilha! Mas
não serve para a série A. Sinceramente, acho impossível o time ir longe sob sua
orientação – isso sem falar no elenco fraquíssimo, carecendo de jogadores de
melhor cacife que os especulados. Se forem contratados os jogadores especulados
(jovens equatorianos desconhecidos, Nei, Nikão, Bolívar) e com esse técnico,
não consigo enxergar um 2013 que não seja com muito sofrimento. No início de
2012, resolveram aproveitar os jogadores rebaixados. Foi necessário qualificar.
Para 2013, aparentemente vão aproveitar os jogadores que subiram na série B com
muito esforço (quero dizer, sem tranquilidade). É a crônica de um fracasso
anunciado. Mas ainda há tempo para perceberem que Drubscky e esse elenco não
servem para a série A – exceto Manoel, Cleberson, Deivid e João Paulo,
titulares em qualquer time brasileiro.
Comemorar? Sim, nós torcedores temos muito o
que comemorar o sofrido acesso. A diretoria não, porque tem de trabalhar para
reforçar o time. Aguardemos por reforços. SRN.
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